sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vitaro, Fiquei à taua!


... Vitaro, sabes o que me disseram, é sempre a mesma merda:
«João, tás é louco, tens que te tratar! Aliais, tu és louco.»

Fiquei à taua! Sabes porque é que
me disseram isso?

eu disse:

«acho que se deviam criar bancos de ideias!
Muitos, bastantes, em todo o lado!
Pelo menos nos lugares de gestão da coisa publica!
Homem, nem que fosse só nas câmaras, pelo menos um em Machico!

Vê, as ideias são roubadas, usurpadas, partilhadas, ou qualquer merda parecida!

São!

E acho que na verdade é isso que faz o mundo pule e avance...

Sempre foi assim, desde o inicio da história. Antes de uma ideia se efectivar, ela é transmitida entre indivíduos.

Normalmente ela é transmitida por necessidade: para a conseguir efectivar.

Poucas vezes aqueles que têm a ideia, consegue implementá-la. Na maior parte das vezes ela é inicialmente posta de parte por quem tem a capacidade de a executar, com rótulos do tipo - "irrealista" "megalômana" etc.

Mais tarde porém, os mesmos que inicialmente puseram de parte a "ridícula" (lembrei-me agora) ideia, apresentam-na com pompa e circunstancia, intitulando-se de inventores.»

Foi ai que um dos gajos com que tava a falar disse:
«É verdade, é, já ninguém se lembra que a ideia de construir as estradas nas laterais da ribeira foram do candidato da UDP à mais de 12 anos, aquele da Ribeira Seca. Na altura ele dizia que devia-se fazer porque tem no Funchal e ia ficar bonito.»

Eu:
«Ah pois é, por vezes uma ideia parece estúpida, mas se a juntares outra, forma uma nova que pode ser brilhante!»

Ele:
«Foi o que eles fizeram, juntaram meia dúzia de ruas perpendiculares e uns jardins ..... et voilà ses magnifique.»

Eu:
«Se por acaso existisse um banco de ideias, o gajo da Ribeira Seca registrava a sua ideia e já ninguém lhe tirava o mérito.
Mas não é por isso que o banco de ideias deve existir, imagina:
- Sempre que alguém tinha uma ideia enviava (se desejasse) para esse banco.
- No banco a ideia era arquivada por categoria, assunto, sei lá.
- Sempre que alguém quisesse fazer algo, consultava o banco. Depois era só juntar com outras e zás!»

Eles:
« iiiiiiiii»

Eu:
«tá bem, tá certo, depois é preciso saber.
- Mas atenção que o Banco é de consulta PUBLICA.

E continuo:
«Resultado:
- Toda a gente teria acesso a ideias e poderia construir propostas para melhorar a terrinha!
- Os políticos\gerentes cá do sitio podiam beber da sabedoria popular, e formular projectos decentes, ou pelo menos melhores e mais ricos!
- ah! Já me esquecia, o mais importante, com ideias e mais propostas, isto andava para a frente muito mais depressa!»

E outro disse:
«Sofia, mas isso já existe, chama-se: internet!»

Eu:
«a sério? É que da ultima vez que googlei “machico” não vi nada»

E foi ai que ele disse:
«João........»


Vou bazar Vitaro, se veres o Vezinho ou o abexuá ou o Sor Avelino, manda aquele abraço!

Olha, que isto não seja para medinas carreirisses e miguel sousa tavarisses!
Que pelo menos esta cena sirva de banquinho!